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Última atualização em 23 de fevereiro de 2024 por market4u

Mais um mês de outubro chegou e com ele a campanha Outubro Rosa, que visa à conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para o controle do câncer de mama, e a diminuição da incidência de mortalidade pela doença.

Neste ano, o objetivo é justamente divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde. Ações importantíssimas, já que, em 2020 foram 2,3 milhões de novos casos em todo o mundo, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca)

Por isso, o market4u entra na sua casa hoje de uma maneira diferente: contribuindo com a disseminação de informação, quebrando os tabus da vergonha e do medo, que muitas mulheres sentem ao suspeitar de um tumor. Para tanto, neste post você vai entender um pouquinho mais sobre o Outubro Rosa e aprender a como prevenir ou diagnosticar um tumor de mama. 

O que é o Outubro Rosa?

De acordo com o Inca, o Outubro rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama. A campanha foi criada no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. Desde então, a data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. 

Quais são as estatísticas? 

Ainda conforme o Inca, em 2021, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, sendo a mais frequente em quase todas as regiões brasileiras. 

Em 2019, a taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 14,23 óbitos/100.000 mulheres. As regiões Sudeste e Sul apresentam também as taxas mais elevadas. 

O que é o câncer de mama?

Antes de falarmos sobre os sinais de alerta e os cuidados de prevenção ao câncer de mama, vamos entender o que é a doença. Para isso, conversamos com a médica ginecologista e obstetra, dra. Daniele Rosevics Oliveira, que explicou como o tumor se desenvolve no organismo. 

“Em seu funcionamento normal o corpo está em constante reparação, substituindo as células antigas por células novas. Mas, em alguns momentos, essa regeneração pode ser afetada por mutações genéticas, que podem produzir células em excesso, no caso os tumores”. 

Segundo ela, essas mutações podem ser de dois tipos: herdadas ou adquiridas, sendo que o tumor herdado (hereditário) corresponde de 5 a 10% dos casos. “São aqueles casos em que há parentes de primeiro grau com a doença”. Já os adquiridos, correspondem a 90% dos casos. “Esses são determinados pelo estilo de vida, como os hormônios, obesidade, excesso de peso, ausência de atividade física, excesso de ingestão de gordura saturada e álcool”. 

Todo tumor é câncer?

A médica explica que o tumor pode ser benigno ou maligno. “Os benignos não são considerados cancerígenos, pois são células que têm aparência mais próxima do normal. Elas crescem lentamente, não invadem os tecidos vizinhos, nem se espalham para outras partes do corpo. Os malignos são considerados cancerígenos, e caso as células não sejam controladas, elas podem crescer e invadir tecidos e órgãos vizinhos, eventualmente, se espalhando para outras partes do corpo”. 

Quais são os grupos de risco?

Dra. Daniele lembra que as mulheres têm cem vezes mais chance de desenvolver o câncer de mama, se comparado aos homens. De acordo com ela, os principais fatores de risco são:

Mulheres com idade superior a 40 anos;

Mulheres com parentes próximos que já tiveram a doença;

Mulheres que tiveram o primeiro filho após os 35 anos de idade; 

Mulheres que começaram a menstruar antes dos 12 anos;  

Mulheres que entraram na menopausa após os 50 anos; 

Sedentarismo; 

Ingestão de bebida alcoólica em excesso. 

Quais os cuidados preventivos? 

Para esses tumores, segundo a ginecologista, os principais cuidados preventivos são: 

Manter uma alimentação saudável;

Praticar atividades físicas;

Não ingerir bebidas alcoólicas em excesso. 

“É importante lembrar que a mamografia deve ser realizada uma vez por ano a partir dos 40 anos de idade. Para mulheres com casos de câncer de mama ou ovário na família, esse rastreio deve ser feito conforme a orientação de cada mastologista”, diz a dra. 

Quais os sinais de alerta?

Ela ressalta que as mulheres devem procurar um médico mastologista se perceberem:

Vermelhidão com pele endurecida; 

Saída de líquido do bico do peito sem apertar, de cor vermelha ou transparente; 

Feridas que não cicatrizam; 

Coceiras que não melhoram; 

Caroço ou áreas de lugares mais endurecidos; 

Áreas estufadas, abauladas ou áreas da mama que estejam mais retraídas. 

“Tivemos importantes avanços na abordagem do câncer de mama nos últimos anos, principalmente nas cirurgias, inclusive na de reconstrução, mas a falta de informação e o preconceito ainda são os principais inimigos da doença. Todo diagnóstico postergado compromete a sobrevida da paciente, ou seja, diminui as suas chances de cura. Procure o seu mastologista!”. 

Já que informações salvam, compartilhe esse conteúdo com as suas amigas e familiares. Seja um colaborador da campanha Outubro Rosa também!

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